Desta vez o desafio teve lugar no pavilhão da Retorta – Campo.
Em jogo estava, mais uma vez, um jantar a pagar pela equipa derrotada, desta feita no Costa em Valongo.
As equipas apresentaram-se na máxima força.
Do lado dos Estrafegas, equiparam-se Filipe “Otamendi”, Nuno Bessa, Canelas, Francela, Viriri e Miguel “Porco”.
Nos Megamassas equiparam Diogo, Bruno, Keita, Sevilha e João Magalhães.
Natural favoritismo dos Estrafegas, que no jogo de futebol de praia derrotaram, sem margens para dúvidas os Megamassas por uma diferença expressiva.
E confirmou isso mesmo em campo. Bem organizados, seguros nas trocas de bola e muito perigosos no ataque, os Estrafegas mostraram desde o início que estavam ali para voltar a vencer.
Os Megamassas, com um jogo musculado, demasiado físico, tentavam adiar o golo adversário.
Mas Diogo estava em tarde inspirada e com um punhado de boas defesas, com bastante sorte à mistura, conseguiu manter as suas redes invioláveis.
Os postes também ajudaram e dessa forma os Megamassa conseguiram não sofrer qualquer golo e chegar duas ou três vezes com relativo perigo à baliza dos Estrafegas.
Foi com alguma surpresa, face ao desenrolar do jogo, completamente dominado pelos Estrafegas, que chegamos ao minuto 60 com o resultado em 0-0.
Foi aí que surgiu o lance polémico da partida. Canelas num lance individual, isola-se pela esquerda e quando se prepara para desferir o remate é autenticamente abalroado por Keita.
Lance de penálti indiscutível, como foi referido pelas várias pessoas que estavam na bancada a assistir ao jogo.
Canelas fica estendido no chão, os restantes elementos da equipa param o jogo e dirigem-se ao colega para ver o seu estado físico.
Para espanto de todos ouve-se Bruno a festejar golo…
Surpresa das surpresas. O jogo parou, todos os jogadores pararam mas Bruno seguiu com a bola, percorrendo todo o campo sem oposição e colocou a bola na baliza adversária, sem qualquer tipo de dificuldade.
E para tornar a situação ainda mais ridícula, festejou o golo…
Perante esta autêntica palhaçada e para evitar mais entradas violentas dos Megamassa, a equipa dos Estrafegas deu o jogo como terminado ao fim de 60 minutos.
0-0, resultado completamente injusto e que acabou por premiar a conduta anti-desportiva e falta de fair-play dos Megamassa.
Reacções dos atletas, recolhidas na zona mista:
Nuno Bessa: “Já me tinham avisado que os Megamassa eram duros. Mas nunca pensei que fossem assim. Nem o Cerco do Porto dá tanta lenha. Para eles, do pescoço para baixo é canela. Saio do jogo cheio de mazelas!”
Keita: “O futsal não é para meninas. Jogo na raça, disputo cada lance como se fosse o último da minha vida.”
Bruno: “Os Estrafegas deviam era dedicar-se ao ballet. Ao mínimo contacto fazem-se à falta. E alguns jogam sem caneleiras. Eu já comprei umas de carbono de forma a disputar cada lance para ganhar a bola de qualquer maneira.”
Diogo: “Referências no futebol actual? Existem muitos jogadores que admiro bastante mas há um que joga à minha imagem e que é um prazer ver jogar: O Valquírio.”
Viriri: “Não me lembro de levar tanta porrada… Se segurasse a bola mais de 1 segundo… Tombava pela certa.”
Filipe “Otamendi”: “Para mim foi um jogo tranquilo. Tive de me aplicar apenas duas ou três vezes. Não me lembro de me cansar tão pouco num jogo de futsal…”
Francela: “Fizemos um jogo tranquilo, dominamos em todos os aspectos mas fomos demasiado perdulários na finalização. Não marcamos e acabamos por ceder um empate contra uma equipa mais fraca. O futebol é mesmo assim. Quero enaltecer o trabalho da minha equipa e também dar os parabéns aos Megamassa que tiveram mérito em conseguir obter um empate, tendo em conta as suas limitações futebolísticas.”
João Magalhães: “O pontapé canhão não funcionou. Tentamos tudo mas do outro lado estava uma equipa muito forte que não nos deu grandes chances para finalizar. Estou muito satisfeito pelo empate.”
Miguel “Porco”: “Foi um prazer alinhar pelos Estrafegas. Jogar com jogadores deste calibre é fácil. Basta dominar e passar.”
Canelas: “Penálti claro. Keita estava a dar lenha forte e feio porque a sua equipa não tinha argumentos para jogar taco a taco connosco. Isso é normal quando uma equipa pequena joga contra uma equipa de nível superior.”
Sevilha: “Senti-me bem fisicamente, melhor do que no sábado. Mas não deu para fazer melhor. Contra uma equipa que sabe muito bem o que faz dentro de campo, é complicado ter espaços e criar situações de golo.”
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